Colourama: Johnny Mae Hauser
In The Pink orgulha-se de apresentar o trabalho de Johnny Mae Hauser (1997, Amesterdão), uma voz em ascensão na fotografia contemporânea conhecida pelas suas imagens poéticas e introspectivas.
Formada pela Royal Academy of Art, em Haia (KABK), foi nomeada para os prémios Ron Mandos Best Of Graduates 2022 e SBK Sprouts Young Talents 2022, tendo vencido o HEDEN Startprijs no mesmo ano.
O seu trabalho capta os aspetos intangíveis da emoção humana, recorrendo a paletas de cores suaves e frias para criar imagens impregnadas de quietude e introspeção. Fundindo temas como o isolamento e a intimidade emocional, Hauser estabelece um diálogo visual entre artista e espectador — simultaneamente íntimo e universal.
O seu processo criativo é contínuo, alimentado por reflexão, exploração interior e influências subconscientes. A fotografia representa apenas uma parte do seu percurso artístico. Um elemento marcante da sua prática é a forma como imprime e apresenta as obras. Utiliza técnicas de C-Print, conferindo às imagens uma materialidade delicada e sensível, e evita o uso de molduras ou vidro, preferindo deixar as fotografias expostas para acentuar o seu impacto cru e direto. Todas as obras de Hauser nesta exposição são peças únicas, impressas uma só vez.
No centro da exposição está Bildnis, uma série de autorretratos abstratos que exploram a ligação entre a memória emocional e os objetos do quotidiano. Concebida em Londres, em 2021, durante uma fase de grande transição pessoal, a série nasceu da experiência de invisibilidade sentida por Hauser e transformou-se numa investigação do indizível, através de composições silenciosas e desfocadas, próximas da natureza-morta.
Ao apresentar objetos com um foco suave e pictórico, Hauser desafia a perceção tradicional da fotografia como um meio nítido e documental. Em vez disso, convida o público a explorar o que está para além do visível, questionando a interseção entre realidade, memória e perceção.
A exposição oferece uma visão abrangente da sua obra, incluindo trabalhos das séries Fernweh, Finsternis, Unprocessed e Die Welle. A peça Unprocessed, exibida no espaço Alcove da galeria, é especialmente significativa por ser uma das primeiras fotografias captadas após o nascimento do seu primeiro filho. Já as duas obras de Die Welle remetem para um período posterior à sua primeira experiência de maternidade.
Entre a introspeção pessoal, a abstração e a representação, Johnny Mae Hauser apresenta uma perspetiva singular sobre as possibilidades de experimentação na fotografia contemporânea.
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Johnny Mae Hauser, Bildnis 62, 2024
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Johnny Mae Hauser, Bildnis 84, 2024
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Johnny Mae Hauser, Bildnis 87, 2024
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Johnny Mae Hauser, Bildnis 96, 2025
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Johnny Mae Hauser, Bildnis D111, 2023
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Johnny Mae Hauser, Die Welle 01, 2024
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Johnny Mae Hauser, Die Welle 02, 2024
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Johnny Mae Hauser, Fernweh 08, 2025
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Johnny Mae Hauser, Finsternis, 2024
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Johnny Mae Hauser, Unprocessed 01, 2024
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Johnny Mae Hauser, Unprocessed 03, 2024
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